4 de abril de 2012 2 comentários

O vazio em mim

  Entrei e fui logo jogando a bolsa e a pasta em cima da mesa, tudo que eu precisava era uma ducha e um copo de café. Virei o corredor e avistei Nana, a gatinha mais dorminhoca que já conheci, deitada no seu aconchego e por um segundo eu a invejei.
Após um banho relaxante fui até a janela, era tudo deserto e frio, exceto o café que eu acabará de dar um gole. A escuridão havia acabado de tomar conta da rua 7, o poste que piscava noite passada acabará de queimar. Levantei a cabeça para o alto e fechei os olhos, pensei no dia de amanha no tanto de coisas a fazer... suspirei... voltei a realidade e percebi o céu fechado e o temporal que se aproximava, tirando o lindo brilho das estrelas. Me fez pensar no sentimento de um alfaiate, ao perder sua agulha; no desenhista, ao perder seu lápis; no cantor, ao perder a sincronia; no poeta, ao perder sua inspiração; na estrela, ao perder o seu brilho... Assim como eu, que perdi você.
 
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